sábado, 27 de dezembro de 2008

Poetas Parceiros

A MÚSICA DA VIDA
Para os que estão afastados e sós...

Acorde,
a sinfonia da natureza
é regida por três acordes:
a presença, a ausência e as perdas...
As presenças são sentidas,
as ausências são supridas e as perdas são curadas?
É assim que a banda toca sem dó,
sob a regência do maestro da tristeza...

Luciano Fraga. Poema musicado por Zinaldo em 2008.

Nelson, Luciano e eu.

Rafael (O Cara que faz a melhor arte final) e Nelson.


Nelson M. Filho e Luciano Fraga, 2008.




sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Boas festas!


Que Deus, em sua infinita bondade, abençoe e encha de paz e amor nossos corações na noite de Natal.
Um bom Natal, que o ano novo que se inicia seja de prosperidade e repleto de realizações.Boas Festas!

Abraços,

Zinaldo Velame.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chico César - A força que nunca seca

Foto: Zinaldo Velame, Cruz das almas, Bahia.
A força que nunca seca

Já se pode ver ao longe
A senhora com a lata na cabeça
Equilibrando a lata vesga
Mais do que o corpo dita
Que faz o equilíbrio cego
A lata não mostra
O corpo que entorta
Pra lata ficar reta
Pra cada braço uma força
De força não geme uma nota
A lata só cerca, não leva
A água na estrada morta
E a força que nunca seca
Pra água que é tão pouca
De: Chico César e Vanessa da Matta.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Poema verdade


Eu te vi
Oh! menina linda borboleta azul do céu
E quem quiser
Ouvir o que eu vou falar de todo encanto seu
Seu sereno, seu selvagem
Eu bebi
Monalisa, poetisa que improvisa nesse céu
Me envolvi
Nesse mundo sem sentido, nesse canto quase colorido
Nesse véu
Véu do vento, véu verdade

Vital farias

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Lugar terno


És um paraíso
O que eu preciso pra sonhar
Viver pra sempre com o teu sorriso
Me basta pra caminhar em paz.
Já sei bem
Te amo demais...
Vem ficar comigo
E acender a luz dos meus olhos
Serei pra sempre o teu abrigo
O lugar terno pro teu adormecer.

Zinaldo Velame, Canção para fim de tarde, 2008.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Elomar por Vinícius de Moraes, Abril de 1973.


"(...)Pois assim é Elomar Figueira de Melo: um princípe da caatinga, que o mantém desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de glaucoma e guiado por um menino - anjo, a cantar façanhas de antigos cangaceiros ou "causos" escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do agreste.(...) É...quem sabe não vai ser lá, no barato das galáxias e da música de Elomar, que eu vou acabar amarrando o meu bode definitivo e ficar curtindo uma de pastor de estrelas..."
http://www.violatropeira.com.br/

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fotos dos amigos


Koyotes.

Miguel Cordeiro, Nelson M. Filho, Zinaldo e Marreta.
Ian (parceiro musical), Zinaldo, Carlinhos Marreta, Zé de Rocha e NMF.

Marreta curtindo o som dos Koyotes de Miguel Cordeiro.
Noite maravilhosa na Casa de Cultura Galeno d'Avelírio,
exposição de Zé de Rocha e Show dos Koyotes.



quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Visão do medo



Do lado de fora:
Osíris queima o solo
onde Deus pasta.
Do lado de dentro:
Cristaleiras duplicam-se,
a estante de cedro
desfalece ao chão... Descontrole...
No uísque, mais um Valium.
Do lado de dentro de dentro:
Os demônios arrefecem,
sangue esfria,
pulso silencia,
e versos hitéricos suplicam
me afastar de mim.

Poema de Pablo Sales.



Quando terminar esse caldo
Todas as cores se repartirão
E sentirás o gosto do real
E em tuas formas, dominarás
E enviarás através de ti
E receberei em meu ser
E as formas se revelarão
Conscientizando o todo.

Palavras de Beto Rebelde.

Os azuis de Saulo


Teus azuis abrem as janelas
das praias de Itapoã,
aonde mergulhas afoito de vermelhos
brilhantes e foscos
O fogo ardendo em águas
tudo é possível em teus quadros
Em cada porão antigo
e cada castanho quadrado,
O Sol reacende as sementes
e ilumina os espinhos
- os espinhos são verdes, amáveis...
Do inconsciente obscura
à claridade das telas
a pintura se espanta
da lucidez do traço
Se deliras és bruma
se transgrides, és raro.

Poema de Patrícia Mendes. Revista Reflexos de Universos n.59.

Um brinde ao Mal

Arte de Nelson Magalhães Filho. Capa da revista reflexos n. 61. http://www.anjobaldio.blogspot.com/

Beijos amanhecidos
Crescidos e umedecidos até a noite
Cálices tras-inter-medidos e doses
Transbordantes doses de dores
abortos e sóis
A chuva cai em brasas verdes e fogos
invisíveis, encobrem os mundos
Você chora pedaços de chão
Envolto em cinzas azuis eu,
impregnado, aspiro o fumo dos infernos
Rindo.

www.ronaldobragas.blogspot.com
Poema de Ronaldo Braga dedicado à Patrícia Mendes, publicado na Revista Reflexos de Universos n. 61

Agonia

Agonia

Já desponta a galope
no meu norte
a luz ofuscante do nada
Já contorce em espasmos instintivos
as vísceras de minh'alma
Já meu corpo se agarra
como náufrago
a algum destroço que passa
Já retumba no meu peito
o trote estrondoso desse Deus
Já, sou toda agonia
e ardo, ar, dor.

Medo

Entre um osso e outro, um cadeado
A cabeça é uma máscara de ferro
Pelas brechas a alma espia, atormentada.

Poemas de Denise Costa extraídos do livro A flor do láudano, 1996, Nelson M. Filho e Denise Costa.

A cara do fogo


Ontem à noite, numa ânsia louca,
comi algumas hortências, antes
de lançar-me em navios de vômitos.
A noite era desértica
e seus cabelos, longínquos.
Na noite crisálida
os besouros não eram negros.


Essa mesma noite
de chuva minha irmã de signo
presa num bizarro triangulo

Diário utópico escrito nas noites de lua
Velásquez e a Vénus
do espelho
e essa dor?
vago nessas ruas escuras
e mais uma vez
sinto renascer os pirilampos
daqueles tempos em que eu
nem existia.

Poemas de Nelson Magalhães Filho publicados no Livro A cara do fogo, 1998.

domingo, 7 de setembro de 2008

O último gole do dia

Luciano Passos.

No bar da esquina
A tarde bebe seu último gole de luz
A tarde parte carregando a sua cruz
E esquece a nuvem sobre a mesa
Mas guarda o sol na garrafa de cerveja.



Poema de LP musicado por Zinaldo Velame numa mesa de bar em uma noite vampira. Uma pequena homenagem ao poeta de muitas noites vampiras.

Pandeiro


Quando vires pela fresta da janela
Eu compondo uma nova canção
Saiba meu bem que nela tem as mãos
Do imenso amor que dedico a ti,

Paixão
Saiba que o meu coração
Vai aonde você for.
Eu me sinto rico
Um sujeito abençoado
Pois tendo você ao meu lado
Me mostro um céu iluminado com milhões de estrelas...
É bom amar você
E curtir teu olhar matreiro
E falar pro mundo inteiro
Que você faz enaltecer o som do meu pandeiro
E por falar nesse amor
Tome abraços, tome xotes de paixão
Se não vem, eu vou
Levo uma rede pra ninar teu coração
Levo também o gosto
De um chamego e um cheiro carinhoso
Faço de tudo para não te perder
Se eu tropeçar tomara que seja em você.

Música de Fernando Gallotti e Zinaldo Velame. Fernando foi o grande vencedor do Festival de música Junina da Casa da Cultura Galeno d'Avelírio, 2008. Pandeiro foi nossa primeira parceria, depois vieram as outras, Frenesí e Ela me faz delirar. Vida longa para Fernandinho!

Corpo ardendo


Queria voar no teu céu
Feito aquela gaivota azul
Perder o rumo em tua boca
Sentir meu corpo nu
Queria coçar teus olhos
E arder nesse fogo cru
Falar aquilo do peito
Ficar sem norte e sul
Eu sou um rapaz sem destino
Se voçê quiser, moça
Faça o meu bem nordestino
E tire esse sangue da minha roupa
Que seus olhos, sua força louca
Não comeram no delírio
E lave o meu rosto grosso
Para evitar esse cheiro.

Poema de Zinaldo Velame.

Bêbada de mim


Um violão mágico
Uma fogueira acesa
Que beleza é estar te olhando de novo
Longe da cidade
Longe do medo
Do receio de se entregar na areia branca
Do receio de se imaginar fazendo amor
Na lua cheia
Nada nesse mundo é tão bonito
Que teu sorriso
Quando estás bêbada de mim.


De: Zinaldo Velame, 1996.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Beto Rebelde

Foto: Zinaldo Velame.

"Eu sempre ouvia falar de Beto Rebelde como tocador de violão e cantor, fui crescendo em Cruz das Almas ouvindo isso. Quando comecei a colocar as primeiras posições no violão, logo criei uma expectativa em conhecer esse cara e aprender alguma coisa com ele. A oportunidade surgiu num show de Beto no Poema Bar de Zezinho Cordier, já tinha assistido sua performance outras vezes, mas nessa eu poderia conversar sobre música e até tocar com ele. Tudo aconteceu na normalidade, como eu esperava. Ele me mostrou sua música Bicho da Terra e eu fiquei maravilhado. Aprendi a tocá-la. Depois deste evento ficamos amigos e participamos de alguns festivais de música juntos, como o promovido pelo grupo de jovens Santa Isabel. Viramos parceiros com a música "Cantiga para ninar ele", que eu acho muito interessante. O apelido "rebelde" foi dado a Beto porque ele foi membro do conjunto Os Rebeldes, que fez muito sucesso na região nos anos 70. Beto coleciona vários parceiros, destaque para: Nelson M. Filho (União Umbilical) e Marcelo Machado (Depois da chuva e Ave Maria das Cigarras)."

Texto de Zinaldo Velame em homenagem a Beto, para um show na Casa de Cultura Galeno D'avelírio.


Diedre Holland

Arte de Nelson Magalhães Filho, série: Mulheres. www.anjobaldio.blogspot.com

DIEDRE HOLLAND

Meia-luz no quarto
Meia-noite é a hora exata
Nana canta para mim
E o gim, está quase no fim
Giro um pouco o pescoço
Toco fogo em outro cigarro
E fico pensando...
Ligo a TV no canal quatro
O que vejo não interessa
Então estendo os braços
E pego a fita que resta
Diedre Holland abre a porta
E me pega apaixonado, pela sala voando
Ela me beija os olhos
Ela sabe me levar ao céu
Lindo é revirar seus olhos
O delírio é todo meu
Nessa madrugada vou tomar orvalho por aí
E tomar leite gelado no fim.


Zinaldo Velame.

Sérgio Sampaio


Eu tive uma surpresa enorme quando estava tocando num barzinho em Cruz das Almas, a presença do grande Sérgio Sampaio. Ele estava lá a convite do poeta Luciano Passos. Depois de me ouvir cantando algumas músicas, ele deu uma canja e cantou alguns de seus grandes sucessos, como: Tem que acontecer e Eu quero botar meu bloco na rua. Depois do show conversamos um pouco sobre tudo e ele me disse: "Cante coisas para penetrar a alma das pessoas". Eu fiquei muito feliz em conhecer um artista como ele, parceiro de Raul Seixas e Sérgio Natureza e de grande importância para a nossa música. É pena que eu não tenho registro em fotografia desse momento. Pouco tempo depois Sérgio nos deixou para cantar em outro plano.

Sarah ll

Arte de Nelson Magalhães Filho. Série: Mulheres. www.anjobaldio.blogspot.com


SARAH ll

Sentado na praça

Chuva e sol na calçada
Sou o louco esperando
Tua cara desarrumada
Pra me levar daqui
Me levar talvez para casa
Onde eu fico estranho e sonho
Toda vez que estou no banho
Com tua voz mole
Me chamando pro prazer
É, nosso caso já faz tempo
Então vou confessar:
- Eu me alimento com o caldo do teu sexo molhado.


Poesia de Zinaldo Velame finalista de um concurso promovido pela casa da cultura Galeno D'avelírio.

Porta Fechada


Uma ferida aberta no peito
Porta fechada para mim
Eu não tenho mesmo jeito
Estou condenado a morrer assim
Assim que tu foste embora
A aurora demora a vir
Uma alma ao relento agora chora
Sem uma estrada segura para seguir
Onde andas, coração?
Vem me dar um pouco de sossego
Arrancar de vez o medo que assombra
Esse moço que não quer partir cedo.

Zinaldo Velame. Maio de 1990.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Yolanda


Vôo no escuro

Quando te vi, pensei...
Estou livre da prisão
Sorri, sabendo que não era em vão
A felicidade está por um triz
Resolvi então, colocar-me em tuas mãos
Antes nunca soltara as asas dessa maneira
Nem por brincadeira arriscar um vôo no escuro
Não sei o que deu em mim
Talvez a esperança de sair do breu
E feito criança gozar do mel dos teus olhos
Meninos vivos cheios de luz
Decididos a emprestar o brilho
Para uma alma salvar.
Dia 23 de Agosto, aniversário de Yolanda, minha eterna companheira.

Dorival Caymmi


João Valentão (Dorival Caymmi)

João Valentão é brigão, pra dar bofetão
Não presta atenção e nem pensa na vida
A todos João intimida, faz coisas que até Deus dúvida
Mas tem seus momentos na vida
É quando o sol vai quebrando
Lá pro fim do mundo, pra noite chegar
É quando se ouve mais forte o ronco das ondas na beira do mar
É quando o cansaço da lida, da vida obriga João se sentar
É quando a morena se encolhe
E se chega pro lado querendo agradar
Se a noite é de lua a vontade
É contar mentiras é se espreguiçar
Deitar na areia da praia que acaba onde a vista não pode alcançar
E assim adormece esse homem
Que nunca precisa dormir pra sonhar
Porque não há sonho mais lindo
Do que sua terra não há

Minha pequena homenagem a Dorival Caymmi, eterno compositor Baiano com a letra de João Valentão, uma das suas melhores canções.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Críticas

Ela está aí
Do mesmo jeito
Ela está aí
Ela está aí
Da mesma maneira
Ela está aí
Olha,
Não me diga nada
Não prometa nada
Olha meu amigo
Essa história eu já sei de cor
São promessas e mais promessas
São conversas e mais conversas
Que vai fazer o que José não fez
Que vai provar que João comeu
E que a cidade agora vai melhorar
Pois o progresso nela vai chegar
Ei! A gente não acredita,
E nem pode
Ei! A gente não acredita,
E nem pode
Veja o seu rio como está
A velha ponte como está
Meus olhos ficam tristes de olhar
São ruas,
São casas antigas
Berço da resistência
Seu povo aflito
São muitos conflitos
Velha Heróica...

Esta é a letra da canção que venceu a eliminatória do Festival Anual da Canção Estudantil - FACE, etapa Recôncavo, no dia 15 de agosto de 2008. O vencedor foi o jovem de 16 anos Jeremias Gomes, da Cidade de São Félix e do Colégio Estadual Rômulo Galvão. Belo projeto, bem organizado, e de grande valor, pois trata-se de um incentivo à cultura estudantil. Só para registrar Jeremias é filho do grande Edson Gomes.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ausência

Tudo está claro no meu coração
Eu vejo o céu negro
Eu vejo a cidade cinza
Choro no dia chuvoso a ausência dela.
Tudo está claro na minha vida
Eu vejo o mundo sujo
Eu vejo as portas fechadas
Choro na noite chuvosa a ausência dela.
Tudo está claro no meu quarto
Eu estou sozinho
Cavalo negro está na hora.


De Zinaldo Velame.

Culto lunar

Canções escorrem sobre a sensibilidade do poeta do povo
O discípulo da paz e do luar.
Lua
Quando a nuvem oculta a tua face
E o mel das estrelas escorre em teus lábios
Uma ponta de luz aparece em teus olhos
E eles emudecem
Para o bem da humanidade.
séculos te queremos entre nós
Caminhamos sem rumo no teu encalço
E tu foges sempre
Como num culto lunar
Os astros te rodeiam e nos privam de ti
Do teu doce caminhar.

Poema de Luis Carlos Mendes. 1982.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos pais


Isac meu pai e João Pedro meu filho.

Parabéns a todos os pais do mundo!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A cegueira de Sião

Ronaldo Braga, atuando no Teatro.

Um grito e uma seta:
Veneno e decepção.
Um move-morre que não morre nem move no translado.
Uma, duas e muitas,
E única dor já não sentida.
Um caos no céu
Desmoronado.

A poesia de Ronaldo Braga. http://ronaldobragas.blogspot.com

Eu não preciso de platéias

Arte de Nelson Magalhães Filho.

Pronta para o abate,
minha alma sofreu uma fratura exposta,
perdi a noção do que é alegria,
de uma forma ou de outra,
não escrevo poesias para final de telenovelas,
nem para pleitear uma vaga no céu de brigadeiro,
antes,
quero execrar minhas mazelas,
e expor as costelas ao machado do açougueiro...
Eu não preciso de platéias.

O poema/punhal de LUCIANO FRAGA.

Acossado

Arte de Nelson Magalhães Filho.

“ACOSSADO "

Uma centopéia,
vários dedos decepados,
o filho bastardo admoestado na cadeia do DNA...
O pavio aceso,
a música que rola na fita,
um clima de terror...
Criança que não cresce,
o dublê de corpo
grita com um olho vazado,

um homem,
com os joelhos dobrados, os miolos espalhados pelo corredor.
Tudo ao vivo,
numa avalanche de imagens;
em minha tela nem tudo é cena,
truques de cinema,
a minha vida: é um filme de GODARD.

Poema de Luciano Fraga.
http://www.versoseperversos.blogspot.com/

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Noite de Março

Arte de Nelson M. Filho.

Naquela noite de Março
A tristeza fez festa na casa
Você tinha saído para comprar cigarros
E eu fiquei parado em frente à TV
Pensei em ligar para a minha mãe
E dizer que não esqueço do tempero
Que me fazia sair correndo da escola
Com a boca toda molhada de desejo
Meio cansado fui até o quarto
E no meio da pilha de discos de vinil
Peguei um novo de Vitor Ramil
E deixei-o tocar na vitrola
Como um dia daqueles
Sabia que estava ficando tarde
E a inquietude aumentava cada vez mais
Meus olhos cobiçados e amados
Já não tinham o brilho de tempos atrás
Cantei no violão Something de Harrison
E disparei o gatilho do berro
No mesmo instante você surgiu de Joplin
Cantando Ian Curtis
E pediu-me uma dose de Gim.

Zinaldo Velame.

Poema de NMF.

Arte de Nelson Magalhães Filho. 1989.

Hoje a lua vaga exacerbada
Sangrando seiva amarela
Como um triste anjo girassol
Perdido do amor insano dos anjos.
Hoje beijo teu rosto
Uma rosa negra revestida
Pelas marés incertas de lágrimas ensandecidas
Deixando marcas de um amor sem cura
Um beijo encarniçando aquela aflição sem limites
Uma tristeza cruenta dos anjos.

Nelson Magalhães Filho.
Como diria o poeta Luciano Fraga: "Meio século de arte."
www.anjobaldio.blogspot.com

Agosto com Coro de Cor


O Rap de Cruz das Almas.

Os meninos do grupo Rap, Filosofia Consciente do Rap fizeram a abertura do show dos Koyotes na festa de comemoração do 22 aniversário da Casa da Cultura Galeno d'Avelírio. O público adorou essa mistura maravilhosa de Rap e Rock.

Koyotes em Cruz das Almas

NMF e o barerista dos Koyotes, Tony.


Geysa Coelho dando uma canja com os Koyotes.


Koyotes


No dia 25 de julho passado, sexta feira, fomos fazer um show em Cruz das Almas, cidade que fica a duas horas de carro de Salvador. Nós que integramos os Koyotes fomos convidados para tocar nas festividades pela passagem do 22º aniversário da Casa de Cultura Galeno D´Avelírio. O evento contou com apresentação de grupos de dança, uma exposição maravilhosa com trabalhos do artista plástico Zé da Rocha e um show da banda Filosofia Consciente do Rap. E nós fechamos a noite. A produção do evento foi perfeita, o equipamento e sonorização de palco estavam muito bons, o público idem e formado por diversas faixas etárias, atento e aberto e sedento por rock´n´roll. E engraçado é que aconteceu conosco algo que já presenciei em shows de outras bandas quando a platéia canta algumas canções executadas pelo grupo, canções estas que eles nunca ouviram antes. E voltamos ao palco para dois bis e estendemos a apresentação além do horário previsto. Foi uma noite inesquecível. Não existe mais tanta diferença entre capital e interior. A cena cultural de Salvador vive um momento dificílimo, muito em decorrência desta monocultura do axé que já se estende por mais de 20 anos. Mas não vamos aqui livrar a cara do rock e por a culpa apenas no axé, pois no campo do rock a situação também é periclitante. É corriqueiro nos shows de rock em Salvador a improvisação mambembe com eventos cuja esmagadora maioria tem início depois da meia noite ou em horários que impossibilitam a presença de um público comum, diverso e mais numeroso. Sem falar no próprio público da cena roqueira da capital que tem o costume e intenção de ir para a 'night' ao invés de assistir a proposta de uma banda. Por tudo isso e muito mais, o show dos Koyotes na Casa de Cultura de Cruz das Almas teve um sabor especial para nós. A confirmação que fazemos um trabalho com dedicação e fé mesmo centrados em Salvador, onde apesar do rock ter uma forte tradição, infelizmente vive um período muito complicado. Não somos uma banda de indie rock ou mesmo uma banda que busca influências do que seja hype. Por opção própria estamos posicionados longe, muito longe disto. Mas como diria o povo indie, nosso show em Cruz foi “liiiiindo”...
Miguel Cordeiro
http://www.miguelcordeiroarquivos.blogger.com.br/
Koyotes é formado por:Miguel Cordeiro – vocal e guitarra base
João Guilherme – baixo
Fernando Cardel – teclados
Ian Lassére – guitarra solo
Tony Lopes – bateria
SITE:http://www.tramavirtual.uol.com.br/koyotes

Bar Delírio

Bar Delírio
Casa da Cultura. Arte de Roque Moraes.

Música de qualidade

Música de qualidade

Artes plásticas

Artes plásticas
Noites felinas. Nelson Magalhães Filho.

E.C. Bahia

E.C. Bahia

Música de qualidade

Música de qualidade
Zinaldo e o poeta Giordano Diniz.

Música de qualidade

Música de qualidade
Hermes Peixoto e Zinaldo. O poema Segredos de amor de Hermes foi musicado por Zinaldo e Ian Ferreira em 2008.