quarta-feira, 26 de março de 2008

Galeno d'Avelírio

Voz interna

Cansado, exausto, eu palmilhava a estrada,
a via dolorosa, o meu calvário,
sob o peso da cruz e desolada,
minha alma ia seguindo o seu fadário
de sombras cheio,
sentindo a palpitar por sob o seio,
o coração fremente de emoções,
do mundo exterior, em mil paixões!
Orgulhoso, eu não chorava.
Sozinho e mudo, qual judeu da lenda,
eu marchava, eu marchava,
pela deserta estrada,
a esperança nutrindo de encontrar
um Cirineu algures,
que a minha cruz viesse carregar
na íngreme jornada!...
Volvendo o olhar ao céu, á imensidade
azul que me cobria,
eu implorei a Deus, em humildade,
o amor que eu carecia,
o amor sublime, da matéria alheio,
que meu ser reclamava,
um amor imenso, puro que em anseio,
errando a esmo, o coração buscava!...

Poema de Galeno d'Avelírio extraído da revista Reflexos de Universos n. 73

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